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A masturbação Infantil ainda "aterroriza" educadoras e deixa os pais de "cabelos em pé", muitos preferem fazer vista grossa outros se recusam a aceitar e ainda há os que entram em pânico diante deste tema, deixando em evidência que este assunto ainda é tabu, apesar da quantidade de informações e estudos que temos acesso hoje em dia.
Em torno dos 3 anos a criança começa a amadurecer consideravelmente, com isso, a exploração do corpo e dos objetos ao redor se intensifica, sendo comum a masturbação surgir no período de 3 a 5 anos.
O que vem a ser a sexualidade infantil?
Como lidar com a sexualidade da criança?
Como agir?
Quando a masturbação infantil vira um problema?
Em primeiro lugar, devemos ter claro a idéia de que a sexualidade infantil, não está relacionada ao erotismo ou ao ato sexual em si, esta é a forma com a qual a criança busca explorar o próprio corpo e ter prazer na descoberta. Geralmente, dá início após a retirada das fraldas, que é quando a criança consegue um acesso maior ao próprio corpo, o resto fica por conta da curiosidade inata, que o ser humano possui..
Está muito mais relacionado à construção do desenvolvimento corporal e à imagem que faz do próprio corpo do que com qualquer outra coisa.
Portanto, a sexualidade infantil nada mais é, do que a descoberta do corpo e de suas áreas sensíveis (ou zonas erógenas). Ao levar a mão nas genitálias pela primeira vez, a criança percebe o quanto este toque e esta sensação transmitem prazer, a sensação é boa, a tendência é com que repita este gesto porque se sente bem e busca satisfação. Algumas crianças colocam as mãos, outra costumam roçar nas cadeiras ao sentar, enfim... há várias formas.
Lidar com a sexualidade infantil, requer antes de tudo, conhecimento prévio das etapas do desenvolvimento infantil e das características de cada faixa etária, para entendermos que isso é uma fase do desenvolvimento humano, comum a todos.
É preciso lembrar que a malícia, é uma característica do adulto, não da criança. Quando a criança se masturba, a regra é agir com naturalidade, para eles, levar a mão na genitália, é tão comum quanto tocar qualquer outra parte do corpo. Muitas vezes é uma forma de ter prazer e aliviar as pressões do dia a dia, sendo comum naqueles momentos que a criança se sente mais triste ou irritada.
O que devemos fazer é distrair a criança e chamar a sua atenção para outras coisas que também lhe forneçam a sensação de prazer, como pintar, brincar, assistir um desenho, passear no parquinho, interagir com um colega.
Neste momento, não há atitude certa ou erra, mas a criança precisa entender que há comportamentos que devemos ter em público, já outros são privados. Um exemplo que podemos dar é que, para fazer xixi ou ir aos pés por exemplo, devemos usar um banheiro e devemos fazer isso sozinhos, o mesmo deve ser com a masturbação, que é algo para os momentos íntimos.
A masturbação infantil pode se tornar um problema, quando a criança deixa de praticá-la habitualmente e faz dela um hábito frequente, deixando de interagir com as demais crianças e se isolando do grupo. Em excesso, pode indicar que a criança necessita de ajuda e de um acompanhamento mais individualizado, para identificar o problema que a incomoda. se já tem idade para entender que deve fazer nos momentos íntimos, mas insiste em fazer em público, pode ser um forte indicador de baixo auto-estima, problemas em casa e até abuso sexual, nestes casos, é importante pedir um auxílio para o setor especializado da escola.
Uma dica, é manter a criança sempre em dia com a higiene, para evitar desconfortos ou coceiras que façam com que ela leve a mão ao local, também podemos trocar roupas muito justas, por outras mais soltinhas, com o objetivo de manter a necessidade de tocar/ ajeitar a roupa longe, desviando sua atenção para outras atividades.
Profe Márcia de Oliveira Soares
Leitura recomendada/fontes consultadas:
A Educação Sexual da Criança -César Nunes e Edna Silva/148 págs.
Ed. Autores Associados.
Sites: http://www.gtpos.org.br/index.asp
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0165/aberto/mt_193562.shtml
http://www.psicopedagogia.com.br/opiniao/opiniao.asp?entrID=173