SEJAM BEM VINDAS!

SEJAM BEM VINDAS!
“Continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar e anunciar a novidade”.Paulo Freire

sábado, 3 de abril de 2010

NÍVEIS DA ESCRITA


Hipótese Pré- Silábica
A criança: - não estabelece vínculo entre a fala e a escrita; - supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever; - demonstra intenção de escrever através de traçado linear com formas diferentes; - supõe que a escrita representa o nome dos objetos e não os objetos;coisas grandes devem ter nomes grandes, coisa pequenas devem ter nomes pequenos; - usa letras do próprio nome ou letras e números na mesma palavra; - pode conhecer ou não os sons de algumas letras ou de todas elas; - faz registros diferentes entre palavras modificando a quantidade e a posição e fazendo variações nos caracteres; - caracteriza uma palavra com uma letra inicial; - tem leitura global, individual e instável do que escreve: só ela sabe o que quis escrever; - supõe que para algo poder ser lido precisa ter no mínimo de duas a quatro grafias, geralmente três ( hipóteses da quantidade mínima de caracteres);supõe que para algo poder ser lido precisa ter grafias variadas (hipótese da variedade de caracteres)

Intermediário I
A criança: - Começa a ter consciência de que existe alguma relação entre a pronúncia e a escrita; - Começa a desvincular a escrita das imagens e números das letras; - Só demonstra estabilidade ao escrever seu nome ou palavras que teve oportunidade e interesse de gravar. Esta estabilidade independe da estruturação do sistema de escrita; - Conserva as hipóteses da quantidade mínima e da variedade de caracteres.


Hipótese Silábica
A criança: - Já supõe que a escrita representa a fala; - Tenta fonetizar a escrita e dar valor sonoro às letras; - Pode ter adquirido, ou não, a compreensão do valor sonoro convencional das letras; - Já supõe que a menor unidade da língua seja a sílaba; - Supõe que deve escrever tantos sinais quantas forem as vezes que mexe a boca, ou seja, para cada sílaba oral corresponde uma letra ou um sinal; - Em frases, pode escrever uma letra para cada palavra. Desafio: - Como compatibilizar, na escrita ou na leitura das palavras monossílabas e dissílabas, a idéia de quantidade mínima e de variedade de caracteres, se ela supõe que as palavras podem ser escritas com uma ou com duas letras? - Ao ler as palavras que escreveu, o que fazer com as letras que sobraram no meio das palavras (almofada) ou no final (sobrantes)?

- Se coisas diferentes devem ser escritas de maneira diferente, como organizar as letras na palavra?

Hipótese Silábico- Alfabética
A criança: - Inicia a superação da hipótese silábica; - Compreende que a escrita representa o som da fala; - Combina só vogais ou só consoantes, fazendo grafias equivalentes para palavras diferentes. Por exemplo, AO para gato ou ML para mola e mula; - Pode combinar vogais e consoantes numa mesma palavra, numa tentativa de combinar sons, sem tornar, ainda, sua escrita socializável. Por exemplo, CAL para cavalo; - Passa a fazer uma leitura termo a termo (não global). Desafio: - Como conciliar a hipótese silábica com a hipótese da quantidade mínima de caracteres? - Como adequar as formas gráficas que o meio lhe propõe à leitura dessas formas? - Como separar palavras ao escrever, quando elas não são separadas na fala? - Como tornar a escrita socializável, possível de ser lida por outras pessoas?


Hipótese Alfabética
A criança: - Compreende que a escrita tem uma função social: a comunicação; - Compreende o modo de construção do código da escrita; - Compreende que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores menores que a sílaba; - Conhece o valor sonoro de todas as letras ou de quase todas; - Pode ainda não separar todas as palavras nas frases; - Omite letras quando mistura as hipóteses alfabética e silábica; - Não tem problemas de escrita no que se refere a conceito; - Não é ortográfica nem léxica. Desafio: - Como entender que falamos de um jeito e escrevemos de outro? - Como aprender as convenções da língua? - Como distinguir letras, sílabas e frases?

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